Os três policiais militares réus pela morte deLucas Azevedo Albino – baleado em 2018, em um dos acessos do Complexo de favelas da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte -, tiveram seus pedidos de suspensão das medidas cautelares a que estão submetidos negados pela Justiça.
Os policiais Sérgio Lopes Sobrinho, Bruno Rego Pereira dos Santos, Wilson da Silva Ribeiro e Luiz Henrique Ribeiro Silva estão afastados das funções policiais, sem porte de arma e proibidos de ter contato com as testemunhas do caso até a conclusão do caso.
A defesa deles solicitou a revogação das medidas alegando que o processo, que se iniciou em janeiro de 2019, está demorado, e ainda se encontra na fase de instrução.
“Permanecem íntegros os fundamentos das decisões que impuseram e mantiveram as medidas cautelares alternativas em desfavor dos réus , observando-se que nunca estiveram presos, apesar da alta gravidade da acusação (suposto homicídio qualificado consumado no exercício da função policial). Destaque-se que a demora procedimental está e esteve a cargo também das defesas, que desde a etapa pré-processual, vem requerendo diligências e insistindo em depoimentos de testemunhas”, escreveu o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal.
O magistrado lembrou ainda que a última audiência de instrução acontece em breve, no dia 28 de agosto e, que após a mesma, o caso entrará ou não em sua fase de julgamento.
A demora do curso processual assumiu ares dramáticos por causa de Laura Ramos Azevedo, mãe de Lucas, que investigou sozinha a morte do filho. Ela lutava contra um câncer e por justiça para o filho.
Mas, com as sucessivas audiências de instrução, ela não resistiu e morreu no dia 17 de março deste ano sem ver o fim do caso. A avó de Lucas, e mãe de Laura, Elisa Ramos, assumiu o papel de assistente de acusaçãodeixado pela filha.
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