O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, destacou o impacto negativo do negacionismo sobre a crise climática durante a abertura da 1.ª Conferência Internacional de Sustentabilidade do Poder Judiciário, realizada nesta quinta-feira (24/10).
Para Barroso, embora haja consenso científico sobre a ação humana como principal causa do aquecimento global, o negacionismo climático persiste, dificultando o enfrentamento efetivo da questão. “Fazer de conta que um problema não existe, não é, por certo, a melhor forma de enfrentá-lo”, afirmou.
Durante o evento, que reúne especialistas em sustentabilidade do Brasil e do exterior, o ministro ressaltou a necessidade de políticas ambientais que transcendem o curto prazo e alertou que as consequências das ações de hoje poderão ser sentidas nas próximas décadas.
Ele também destacou que o Judiciário está cada vez mais envolvido com a sustentabilidade, tanto na sua atuação jurisdicional quanto na promoção de práticas internas que reduzem a emissão de carbono.
Ainda no encontro, o CNJ lançou o Pacto Nacional do Poder Judiciário pela Sustentabilidade, assinado pelo ministro Barroso e pelo conselheiro Guilherme Feliciano, visando implementar ações ambientais, sociais e de governança em todo o Judiciário. A iniciativa inclui a Campanha Nacional pela Sustentabilidade, que será desenvolvida nas 91 cortes do país para promover práticas sustentáveis e responsáveis.
Especialistas internacionais como Paul Clements-Hunt e Andrew Gilmour participaram das discussões, assim como representantes do Ministério Público e da advocacia, que abordaram a sustentabilidade nas perspectivas global e institucional.
Redação, com informações do CNJ
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