Dois advogados foram presos no Rio Grande do Norte suspeitos de intermediarem a comunicação entre membros de uma facção criminosa que estão detidos em penintenciárias com os que estão em liberdade.
Segundo a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte (Ficco/RN), os recados eram recebidos e transmitidos nas unidades prisionais durante as visitas de atendimento jurídico. As penitenciárias onde o crime ocorria não foram divulgadas.
A Operação Malvaceae 2 cumpriu os dois mandados de prisão e três de busca e apreensão nestas segunda (2) e terça-feira (3).
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB-RN) informou que irá analisar os casos e instaurar processo ético-disciplinar para apurar a conduta. “Já as questões de mérito serão feitas pela defesa constituída”, informou.
A OAB ainda informou que zela pelas prerrogativas da advocacia e atua pelo seu cumprimento, “mas não compactua com nenhum envolvimento em atividades ilegais de qualquer natureza, que vão contra o Código de Ética da Advocacia e a Constituição Federal”.
“Reforça também a importância da não generalização de atos ilícitos, supostamente praticados por indivíduos que não representam a advocacia”, completou a nota.
Segundo a Ficco, os dois advogados indiciados se valiam de forma ilícita das prerrogativas funcionais e são suspeitos de integrarem uma organização criminosa com atuação no RN.
A investigação revelou também que um dos advogados é investigado pelo crime de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas operado pelo grupo criminoso, com atuação na Zona Norte de Natal, que foi identificado na 1ª fase da Operação Malvaceae, deflagrada fevereiro deste ano.
A Ficco/RN é composta pela Polícia Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal. O objetivo é o enfrentamento ao crime organizado.
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