O Fórum Parlamentar do G20 teve início nesta quarta-feira (6), em Brasília, abordando temas como justiça climática, igualdade de gênero e ampliação da representatividade feminina. Presidido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o evento se desdobra até sexta-feira (8), preparando o terreno para a 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), que também acontece na capital.
Durante a abertura, Lira recebeu da senadora Leila Barros (PDT-DF) e da deputada Benedita da Silva (PT-RJ) a “Carta de Alagoas”, documento com recomendações da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, realizada em julho. Entre as principais propostas estão ações para combater a violência política de gênero e incluir os direitos das mulheres nos orçamentos e políticas dos países do G20.
Lira destacou a urgência da inclusão feminina no Legislativo e comemorou o aumento da representação de mulheres no Brasil, agora próximo de 20%, o maior índice da história. “Não há como falar de combate à fome e à desigualdade sem avançarmos na promoção da igualdade de gênero e da autonomia econômica feminina”, afirmou.
A senadora Leila Barros ressaltou a importância do fórum para fortalecer o compromisso global com o desenvolvimento inclusivo e sustentável. Segundo ela, a reunião de mulheres parlamentares em Maceió identificou três áreas prioritárias: justiça climática para mulheres e meninas, representatividade feminina em espaços decisórios, e promoção da autonomia econômica.
Durante a sessão sobre justiça climática, a deputada Maria do Rosário destacou a necessidade de políticas sensíveis ao gênero e à raça, mencionando que as mulheres rurais são mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Tulia Ackson, presidente da União Interparlamentar, reforçou que parlamentares mulheres geralmente lideram iniciativas de justiça climática, tornando-se protagonistas na criação de políticas sustentáveis.
No campo da representatividade, a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) enfatizou a urgência de mais mulheres em posições de liderança. Já a deputada Soraya Santos (PL-RJ) defendeu o equilíbrio de gênero no Parlamento como essencial para legislações mais justas.
Diversas líderes, como a presidente do Senado do Canadá, Raymonde Gagné, e a presidente do Parlamento do Mercosul, Fabiana Martín, compartilharam experiências que reforçam a importância da inclusão feminina.
A senadora Teresa Leitão (PT-PE) liderou o debate sobre desigualdade de gênero e raça, abordando a necessidade de medidas para promover a autonomia econômica das mulheres. “Um mundo mais justo e sustentável deve ser a base de nossa atuação”, declarou.
A senadora Jussara Lima (PSD-PI) acrescentou que a presença feminina nas lideranças representa um benefício social, defendendo a equidade salarial e o direito das mulheres a oportunidades iguais.
O fórum também incluiu encontros bilaterais organizados pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, com representantes de países como Índia, Rússia, e Portugal, para fortalecer as relações entre os parlamentos.
Nesta quinta-feira (7), a cúpula terá sua abertura oficial, com a presença de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e abordará temas como o papel dos parlamentos na superação da crise ambiental e na governança global adaptada aos desafios atuais.
Redação, com informações da Agência Senado
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