A defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) confirmou no início da tarde que uma combinação de fatores estaria por trás do esvaziamento da audiência marcada para esta manhã, no processo que apura a invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli se ausentou alegando motivos de saúde, o que teria se somado à ausência de parte das testemunhas arroladas pela deputada como parte de sua estratégia de defesa.
A notícia de que Zambelli não participaria da oitiva veio da própria deputada, que informou logo cedo ter sido internada por conta de uma arritmia cardíaca, que demandaria um procedimento de emergência. A assessoria da parlamentar, entretanto, não tinha ciência da internação quando a audiência já havia sido iniciada.
Mais tarde, os advogados da deputada informaram que a ausência de parte das testemunhas arroladas também estaria entre as causas do adiamento.
Zambelli é ré junto com o hacker Walter Delgatti pela invasão de sistemas do CNJ em 2023. Na época, foram inseridas informações falsas no sistema, como um mandado de prisão em nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A estratégia de defesa de Zambelli é inteiramente baseada na negativa de qualquer participação da deputada na invasão. A ideia é insistir que Delgatti teria agido sozinho.
Seis testemunhas haviam sido apresentadas para a audiência de hoje pela defesa de Zambelli. Entre aqueles depoimentos considerados estratégicos, estariam os de Thiago Eliezer Martins dos Santos, que foi condenado junto com Delgatti no caso que ficou conhecido como a “Vaza-Jato”, e Rosfran Lins Borges, servidor do CNJ.
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