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Justiça concede liberdade provisória a jogadoras do River presas por racismo após imitir ‘macaco’ para gandula

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu, nesta sexta-feira (27), liberdade provisória às quatro jogadoras de futebol do River Plate que estavam presas desde o dia 20 de dezembro. Candela Agustina Díaz, Milagros Naiquen Díaz, Camila Ayelen Duarte e Juana Cangaro foram detidas em flagrante por injúria racial durante uma partida contra o Grêmio, no estádio do Canindé, em São Paulo.

A decisão, assinada pelo juiz Fernando Oliveira Camargo, estipula que as atletas devem pagar uma indenização de R$ 25 mil ao gandula Kayque Rodrigues, apontado como vítima, no prazo de cinco dias. Elas também estão proibidas de deixar o Brasil enquanto o caso estiver em andamento.

O episódio ocorreu quando Maria, do Grêmio, marcou um gol de empate no jogo válido pela Ladies Cup, aos 38 minutos do primeiro tempo. Imagens registraram gestos racistas feitos por ao menos uma das jogadoras do River em direção ao gandula, gerando confusão em campo. Atletas brasileiras também relataram terem sido alvo de ofensas racistas.

A partida foi encerrada antes do tempo regulamentar, com expulsões múltiplas, a eliminação do River e a suspensão da equipe argentina da competição por dois anos. Tanto o Grêmio quanto o River Plate publicaram notas repudiando os gestos discriminatórios.

Os advogados das jogadoras argumentaram que “não era o momento para exame do mérito das acusações” e afirmaram que a prisão decretada anteriormente carecia de fundamentos. Em nota, declararam que as atletas agora “aguardarão em liberdade o desfecho do inquérito policial”.

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