O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal as investigações em curso sobre a suposta omissão do então diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, durante o segundo turno das eleições 2022.
O TRE-DF investigava Vasques desde o ano passado e informou que enviou o material ao STF na última semana, após a operação da Polícia Federal que prendeu o ex-diretor da corporação.
Segundo o tribunal, o envio atendeu a um pedido do ministro do STF Alexandre de Moraes, que “avocou” (ou seja, chamou para si) as investigações paralelas para evitar que o mesmo fato seja apurado duas vezes.
Silvinei Vasques foi preso em 9 de agosto pela PF por, supostamente, ter tentado dificultar o trânsito de eleitores de Lula no segundo turno das eleições. No dia da votação, a PRF desrespeitou ordem judicial e promoveu centenas de blitze em rodovias, sobretudo no Nordeste, para fiscalizar o trajeto de eleitores.
Essa prisão foi ordenada pelo STF. O TRE-DF, no entanto, também apurava supostos atos e omissões de Silvinei Vasques no dia do segundo turno.
O TRE informou que “o ministro Alexandre de Moraes avocou o Inquérito Policial e as 4 medidas cautelares apensas. Tudo para evitar decisões conflitantes e também para que não haja duas investigações sobre os mesmos fatos”.
Com isso, toda a investigação sobre a conduta de Silvinei relacionada ao segundo turno das eleições tramita agora no Supremo Tribunal Federal.
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