A Justiça negou o pedido de autópsia psicológica em Carolina da Cunha Pereira França Magalhães, morta após queda do oitavo andar um prédio da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O pedido foi feito pela defesa de Raul Rodrigues Costa Lages, que é acusado de matar a companheira.
Na época, a morte de Carolina foi tratada como suicídio, no entanto, as investigações da Polícia Civil apontaram que ela possivelmente foi assassinada pelo próprio namorado, que também é advogado. Ele se tornou réu no processo judicial e responde em liberdade.
A defesa do advogado argumentou que a autópsia psicológica deveria ser realizada por profissionais da psicologia e psiquiatria, e pediu acesso à documentos pessoais de Carolina, como cadernos, e-mails e históricos de pesquisas. A autópsia em questão faz uma avaliação, a partir de fatos passados, de como era a vida, o comportamento e o estado mental da vítima.
Além disso, Raul alegou — em um segundo pedido — no processo que o local do crime ficou supostamente “desprotegido”, sendo que a família teve acesso ao apartamento da vítima após a morte e isso teria comprometido os vestígios.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou os dois pedidos e determinou que todas as testemunhas sejam ouvidas presencialmente em juízo. Procurada pela reportagem, a defesa de Raul Lages ainda não se posicionou sobre o ocorrido.
“Uma autópsia psicológica pode traçar características gerais da personalidade ou estado emocional da vítima, mas não fornece respostas sobre a dinâmica fática do evento letal — especialmente no que se refere à distinção entre um homicídio e um suicídio”, diz o texto da decisão do juiz Bruno Sena Carmona.
A defesa da família da vítima disse que aguarda a realização das audiências de instrução “convicta de que o réu será mandado a julgamento pelo Júri Popular o mais breve possível”.
O post Justiça nega pedido de autópsia psicológica em advogada que caiu do 8º andar de prédio apareceu primeiro em JuriNews.