O Ministério Público do Piauí (MPPI) denunciou, nesta segunda-feira (2), o promotor Maurício Verdejo Gonçalves Junior e o assessor ministerial André Ricardo Bispo Lima pelos crimes de concussão, prevaricação, supressão de documento e tráfico de influência. Os dois são acusados de exigir de um empresário o valor de R$ 2 milhões para arquivar uma investigação contra ele.
Inicialmente, o valor divulgado pela Polícia Federal (PF) era de R$ 3 milhões. Contudo, na denúncia do MPPI à Justiça consta que a quantia exigida foi de R$ 2 milhões.
Segundo o MP, as investigações mostraram que os dois planejaram e executaram um plano de exigir a quantia em dinheiro, em troca de uma vantagem indevida, que deveria ser paga em duas parcelas.
A primeira parcela no valor de R$ 500 milfoi paga ao promotor de Justiça, em sua própria residência em Teresina no dia 2 de agosto, onde ficou acertado que a segunda parcela, de mesma quantia, seria paga no dia 7.
De acordo com a PF, o empresário parnaibano Junno Pinheiro foi ao plantão policial denunciar que foi abordado pelo promotor em uma restaurante em Barra Grande, no município de Cajueiro da Praia, litoral do estado.
Assim, após investigações, a PF deu cumprimento a um Mandado de Busca e Apreensão na residência do denunciado no dia 7 de agosto, data do recebimento da segunda parcela da propina.
Na casa do promotor foi apreendido o montante de R$ 896 mil. Em seguida, a polícia deu cumprimento a outro mandado na residência do assessor ministerial, onde apreendeu R$ 10.6 mil.
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