A psicóloga que foi presa em flagrante suspeita de chamar um técnico de futebol infantil de macaco, em Goiânia, foi solta pela Justiça após passar por audiência de custódia. De acordo com a decisão, o juiz responsável pela sentença afirmou que a psicóloga não apresenta riscos à ordem pública e que é primária.
“Entendo desnecessária a manutenção da prisão da conduzida, pois, ao que tudo indica, não oferece riscos à ordem pública, tampouco há elementos que indiquem que irá se evadir do distrito da culpa e/ou que prejudicará a instrução criminal. Além disso, a custodiada possui residência fixa e é primária”, afirma a decisão.
A audiência de custódia aconteceu no domingo (3), já o crime aconteceu na manhã de sábado (2), durante um campeonato de futebol infantil que foi realizado no Residencial San Marino, na capital.
Em um vídeo gravado por testemunhas, a mulher tenta se justificar do crime. Segundo ela, no momento em que tudo aconteceu, três jogadores estavam na frente dela e o técnico, na opinião dela, estava se movimentando como um “macaco”.
“Estavam três jogadores, três meninos, do time deles. E eles técnicos ficam gesticulando, né? E eu falei assim: ‘ah porque, ah lá, óh, eles ficam parecendo macaco’. Aí ele está achando que eu falei contra a pessoa dele, contra a pele dele”, disse a mulher.
Em nota, o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-09) disse que repudia qualquer forma de racismo e discriminação racial e que “é fundamental que a Psicologia, enquanto ciência comprometida com o respeito à diversidade e à promoção da justiça social, se posicione firmemente contra qualquer prática que fira esses valores. Quaisquer ações que fujam de tais parâmetros não refletem a atuação ética da nossa categoria”.
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