Após ser bloqueada no final de agosto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a rede social X, de Elon Musk, voltou ao ar no Brasil nesta quarta-feira, 18, ao usar o serviço de hospedagem terceirizado da Cloudflare. Com a nova estratégia, que utiliza um “proxy reverso”, o site conseguiu contornar o bloqueio das operadoras, mas ainda apresenta instabilidade e problemas no carregamento de fotos e vídeos.
O uso de “proxy reverso” permite que o acesso dos usuários ocorra por servidores intermediários, dificultando a aplicação das ordens judiciais. As operadoras de internet brasileiras já foram notificadas para reforçar o bloqueio, mas a medida pode impactar empresas que utilizam os serviços da Cloudflare e não estão relacionadas ao antigo Twitter.
O X foi bloqueado no Brasil em 31 de agosto por descumprir determinações judiciais, como o não pagamento de multas e a ausência de um representante legal no país, após o fechamento do escritório local.
Em nota oficial, o X confirmou que trocou de servidores após o bloqueio no Brasil, afirmando que a medida foi necessária para garantir a continuidade dos serviços na América Latina. A mudança, segundo a empresa, foi uma resposta à perda de infraestrutura após a retirada do site do ar.
Já a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) orientou que as operadoras aguardem diretrizes da Anatel antes de adotar novas medidas. O conselheiro da Abrint, Basilio Perez, recomendou o bloqueio apenas de IPs específicos para evitar a interrupção de serviços de outras empresas que utilizam a Cloudflare.
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