O mês de setembro é marcado pela campanha “Setembro Amarelo”, que busca prevenir casos de suicídio por meio de incentivos aos cuidados com a saúde mental.
Neste período, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) através da Escola Judicial do Paraná (EJUD), em parceria com o Centro de Assistência Médica e Social (CAMS) e com a Comissão Permanente de Apoio à Saúde (COPAS), promoveu ações relacionadas ao tema a fim de conscientizar e prevenir transtornos que possam prejudicar o bem-estar físico e mental de seus colaboradores.
No dia 12/09, a live “Saúde Mental no Ambiente de Trabalho – Aprenda a ajudar seus colegas quando eles mais precisam”, ministrada pelo médico psiquiatra do CAMS Eduardo Alves Guilherme, demonstrou a relação entre os transtornos mentais e o trabalho, propôs ações individuais para preveni-los durante o expediente e instruiu sobre como agir caso alguém precise de ajuda. O psiquiatra trouxe como exemplo as crises de ansiedade e orientou como manejá-las no ambiente de trabalho.
O médico e supervisor do CAMS, José Knopfholz, explica que o tema foi escolhido devido ao fato de as estatísticas nacionais apontam que 48% dos afastamentos por doenças não laborativas ocorrem por quadros de saúde mental, sendo 31% por quadros depressivos e 18% por quadros de ansiedade.
Por isso, o médico explica que a atuação do CAMS é urgente e necessária no sentido de trazer orientações sobre transtornos mentais, as formas de prevenção, como identificar os sinais e quais atitudes tomar.
“Como ajudar a partir do momento que eu reconheço aquele que está precisando de apoio, como encaminhar, de que forma o CAMS e o tribunal podem ajudar e como é a estrutura de atendimento para o auxílio a essas pessoas que precisam de suporte, são pontos a serem divulgados”, ressalta o supervisor do CAMS.
No dia 15/09, foi promovida pela Comissão Permanente de Apoio à Saúde (COPAS) a palestra sobre o Setembro Amarelo: ações, mitos e verdades. A ação, realizada de forma presencial e com transmissão ao vivo pelo canal da EJUD no YouTube, contou com a exposição das psicólogas Márcia Fonseca e Adriana Baron.
O objetivo da palestra foi trazer ações que possam ser exercidas na prevenção ao suicídio, o reconhecimento dos sinais, além de esclarecer mitos e verdades que existem sobre o tema.
A psicóloga Adriana Baron iniciou a palestra expondo um panorama mundial em que 800 mil pessoas tiram a própria vida por ano. Por isso a psicóloga ressaltou que, apesar de setembro ser o mês da campanha para a prevenção ao suicídio, esse tema precisa de atenção o ano todo.
De acordo com a psicóloga Márcia Fonseca, não é possível prever um suicídio, mas é possível prevenir, e todos somos agentes potenciais de prevenção. “Para isso, é preciso sermos capazes de romper e desconstruir mitos e entender melhor este sofrimento existencial, que é complexo e multifatorial”, enfatiza a psicóloga.
Sinais como mudanças drásticas de hábitos, na aparência, o abuso de substâncias, falas frequentes sobre desamparo e desesperança, isolamento e doação de bens pessoais alertam para alguém que está em sofrimento extremo.
Ações como observar, perguntar, conversar e se aproximar de forma empática, acolher sem julgamentos e conselhos, permitindo à pessoa expressar seus sentimentos, colocando-se à disposição na busca de ajuda profissional e de uma rede de apoio são formas de prevenir atitudes extremas.
No dia 22/09 aconteceu a live “Conversando com a Ansiedade”. A ação promovida pela COPAS será transmitida às 17h pelo canal da EJUD no YouTube, e será ministrada pelo psicólogo Lucas Daros.
Além das lives, o TJPR vem divulgando, com o apoio do CAMS, artigos na intranet sobre ansiedade social, transtornos de personalidade e atenção plena (mindfulness). Nas redes sociais, o quadro Saúde em Dia também traz assuntos relacionados a saúde mental como ansiedade generalizada e prevenção ao suicídio.
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