A presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou que a Justiça Eleitoral dará uma resposta rápida à notícia-crime apresentada por Guilherme Boulos (PSOL), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, contra o governador Tarcísio de Freitas.
Em coletiva de imprensa, Cármen Lúcia destacou que o incidente é isolado e não afeta a credibilidade do processo eleitoral, que envolveu 33 milhões de eleitores e 102 candidatos, conforme divulgou a Agência Brasil nesta segunda-feira (28).
A ministra explicou que a tramitação de processos relacionados a fake news na Justiça Eleitoral é eficiente, contando com um sistema de alerta que encaminha denúncias para as instituições competentes.
Cármen Lúcia informou que o TSE está criando um repositório para uniformizar casos de desinformação já julgados, visando agilidade nas sentenças e redução da carga nos tribunais superiores.
Durante a votação, Tarcísio de Freitas fez declarações sem provas sobre supostas orientações do Primeiro Comando da Capital (PCC) para que eleitores votassem em Boulos. Em resposta, Boulos protocolou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) e uma notícia-crime no TSE, que será relatada pelo ministro Nunes Marques.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) declarou desconhecer qualquer informação oficial sobre a alegação de Tarcísio relacionada ao PCC. Cármen Lúcia também apresentou estatísticas sobre as eleições, indicando 5.234 alertas de desinformação e 339 denúncias de irregularidades pelo aplicativo Pardal, com a maior parte relacionada a boca de urna.
A ministra destacou que as eleições transcorreram em clima de tranquilidade, elogiando a independência do Judiciário e agradecendo aos servidores da Justiça Eleitoral por garantir um processo eleitoral considerado “monótono”, sem incidentes significativos.
Redação, com informações da Agência Brasil
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