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Oficiala de Justiça é agredida com cabeçadas e socos por PM enquanto cumpria mandado no Dia da Mulher

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Uma oficiala de justiça denunciou ter sido agredida com cabeçadas e socos por um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais enquanto cumpria um mandado judicial na tarde deste sábado (8), Dia Internacional da Mulher. O caso ocorreu em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A vítima, Maria Sueli Sobrinho, de 48 anos, relatou que foi atacada pelo policial após constatar que o nome indicado no mandado não correspondia ao dele. Segundo o relato, ao ser questionado sobre a informação errada, o sargento reagiu de forma agressiva e intimidadora. Diante da ameaça, Maria Sueli afirmou que poderia chamar uma viatura, ao que o policial respondeu: “Toma aqui sua viatura”, desferindo uma cabeçada em seu rosto. Em seguida, ele ainda teria dado um soco na oficiala, que caiu no chão, atordoada.

Mesmo ferida, a vítima conseguiu pedir ajuda e acionou o marido, que é major da Polícia Militar. O agressor fugiu antes da chegada da viatura, mas foi localizado horas depois e detido por militares do 48º Batalhão da PM/MG.

PM/MG SE MANIFESTA SOBRE O CASO
A Polícia Militar de Minas Gerais confirmou, em nota oficial, que o agressor é um policial militar fora de serviço e que foi preso em flagrante. A corporação informou que todas as providências foram adotadas tanto pela Polícia Judiciária quanto pela Polícia Judiciária Militar.

“A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), por meio da 2ª Região de Polícia Militar (2ª RPM), informa tratar-se de policial militar fora do horário de serviço, preso em flagrante, e que todas as providências, tanto de Polícia Judiciária quanto de Polícia Judiciária Militar, foram adotadas pela corporação”, diz o comunicado.

TJ/MG E CNJ REPUDIAM A AGRESSÃO
Diante da repercussão do caso, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ/MG) emitiu uma nota repudiando veementemente a violência sofrida pela oficiala, classificando o ato como “inaceitável e indignante, sobretudo por ter ocorrido no Dia Internacional da Mulher”.

O tribunal garantiu que acompanhará de perto a investigação e prestará apoio à servidora. Além disso, informou que convocará uma reunião com o sindicato da categoria para discutir medidas de segurança para os oficiais de justiça.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também condenou a agressão, destacando que o caso não pode ser tratado apenas como um episódio de violência contra um servidor da Justiça, mas como um grave caso de violência de gênero.

“Além de ser uma agressão à Justiça, o caso se torna ainda mais grave por constituir, também, uma agressão contra uma mulher que desempenhava o seu trabalho. Todo tipo de violência contra mulheres é inadmissível e não pode ser tolerado”, declarou o CNJ.

O órgão afirmou que o Departamento Nacional de Polícia Judicial acompanhará o caso junto ao TJ/MG para garantir que o agressor seja devidamente responsabilizado.

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