No pedido de recuperação judicial entregue à 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, a plataforma de turismo 123milhas afirma ser alvo de 16.639 ações judiciais.
Ao todo, as ações somam R$ 232,1 milhões —boa parte do montante se deve a pedidos de ressarcimento e indenizações de consumidores, que se sentiram lesados ao comprar pacotes e passagens promocionais que não foram entregues.
Os dados constam de detalhamento apresentado nesta quarta-feira (30) à Justiça mineira, um dia depois de a empresa ter entrado com o pedido de recuperação judicial.
“Em virtude da repercussão negativa do anúncio da suspensão da emissão das passagens e pacotes de viagens do Programa Promo123, as requerentes [123milhas, HotMilhas e holding Novum] vêm sofrendo forte pressão de seus credores, que já distribuíram várias ações judiciais em face da 123 Milhas —número esse que cresce a cada dia”, afirmam os advogados dos escritórios TWK e Bernardo Bicalho, na petição.
Conforme levantamento feito pela Folha com base nos dados enviados pela empresa à Justiça, as cinco maiores ações, que juntas somam R$ 3,6 milhões, foram apresentadas por pessoas físicas. A maior delas pede R$ 1,2 milhão. A menor, R$ 6.
“Por lei, as empresas que entram com pedido de recuperação judicial são obrigadas a listar todos os valores envolvidos em uma ação, mesmo os mais ínfimos”, diz o consultor Rodrigo Gallegos, sócio da RGF & Associados, especialista em estruturação empresarial.
No levantamento constam também ações de pessoas jurídicas. A de mais alto valor é do Consórcio Empreendedor do Catuaí Shopping Center Maringá, de R$ 341 mil.
Há também uma ação perpetrada pelo Kijeme Travel Hoteis, dono do resort La Torre em Porto Seguro (BA), no valor de R$ 256 mil.
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