Apagão cibernético global impacta serviços de saúde brasileiros; entenda

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Uma falha generalizada que começou após o mau funcionamento de um antivírus corporativo, usado em grandes estruturas digitais, causou grandes transtornos nos serviços de saúde em todo Brasil, nesta sexta-feira (19).

Embora o sistema do Ministério da Saúde não tenha apresentado falhas, segundo a Pasta, porque “não utiliza a solução/software que causou a indisponibilidade digital em outras áreas”, a rede privada de saúde foi impactada por essa “pane” cibernética.

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Em São Paulo, os sistemas de atendimento aos pacientes e funcionários de serviços privados foram impactados.

No Hospital Sírio-Libanês, tradicional estabelecimento de saúde na região central da capital, pacientes e funcionários relataram a queda no sistema. O ocorrido fez com que pessoas que estavam com exames agendados fossem obrigadas a esperar por um longo tempo. Algumas desistiram e foram embora sem serem atendidas, segundo a reportagem da CNN.

Janine Parreira, administradora de empresas, esteve no hospital para solicitar um documento que precisava, para ser atendida em uma outra consulta, em outro local. Devido ao apagão, ela ficou sem o documento e sem o atendimento.

“Eu vim para imprimir (um documento) e pelo apagão que deu no sistema, a gente não conseguiu. Eu vou ter que (re)marcar minha consulta.” lamentou Janine.

A coleta de exames laboratoriais no hospital e unidades do Hospital Sírio-Libanês foi reestabelecida por volta das 12h30 de hoje, segundo nota enviada à imprensa. “Todos os hospitais e unidades estão operando normalmente, com processos e serviços fluindo sem intercorrências”, informou o Sírio.

Outra instituição tradicional na capital paulista, impactada pelo apagão cibernético global, foi o Hospital Israelita Albert Einstein. À CNN, a comunicação do hospital informou que sua equipe identificou falhas, em virtudes do apagão global, no sistema de operação da unidade.

Entre as instituições públicas, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), em São Paulo, também foi afetado pelo apagão cibernético. Alguns equipamentos com sistema operacional específico, foi afetado e causou transtornos nas rotinas do hospital.

Posicionamento das partes

Em nota, o Sírio-Libanês diz que todas as suas unidades operam normalmente. Entretanto, informa que o sistema ainda apresenta lentidão, causada pelo apagão cibernético global.

“Nossos sistemas foram restabelecidos rapidamente, e de forma gradual as rotinas foram normalizadas, sem grandes impacto para nossos pacientes, com exceção da coleta de exames laboratoriais, que foram temporariamente suspensas, uma vez que nosso parceiro que processa as amostras está enfrentando o mesmo problema”, declarou o hospital em comunicado.

O hospital chegou a utilizar os serviços do WhatsApp para se comunicar e reportar o problema para os pacientes. Veja:

/Reprodução (19/07/2024)

À CNN, o Hospital Israelita Albert Einstein informou que “foram identificadas falhas resultantes do apagão global no sistema de operação do Einstein e prontamente conseguimos atuar durante a madrugada fazendo as correções necessárias. Quase a totalidade dos nosso serviços já estão retornando. No momento, nenhum setor de atendimento aos pacientes está inoperante”, disse a equipe do hospital por telefone.

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) emitiu nota sobre os impactos.

“No momento do apagão cibernético, alguns equipamentos que usam a plataforma Windows 10 foram afetados. O sistema já está em processo de estabilização, sem prejuízos relevantes aos serviços assistenciais”, declarou o HC em nota.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Apagão cibernético global impacta serviços de saúde brasileiros; entenda no site CNN Brasil.

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