O Supremo Tribunal Federal (STF) prossegue nesta terça-feira (13) com as audiências de instrução e julgamento na ação penal sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Iniciadas na segunda-feira (12/08), as audiências seguirão até sexta-feira (16/08), sempre a partir de uma hora da tarde. Oito testemunhas de acusação foram intimadas pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes. Todas serão ouvidas pelo desembargador Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete, por videoconferência, a partir da sede do STF, em Brasília.
Além delas, outros três nomes constam na lista de oitivas, começando por Fernanda Chaves, ex-assessora da vereadora, que estava ao lado de Marielle no carro no dia da execução. Fernanda prestou depoimento na segunda-feira (12/08) e disse que se livrou dos disparos porque Marielle acabou acabou sendo escudo. Confirmou, também, que a vereadora defendia pautas de habitação em áreas da zona oeste do Rio de Janeiro, comandadas por milícias.
Os ex-policiais Ronnie Lessa, que confessou ter efetuado os disparos e fechou acordo de colaboração premiada, e Élcio de Queiroz, apontado como motorista do carro do qual foram efetuados os tiros, também serão ouvidos novamente.
Os réus no processo são os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, este último deputado federal, sem partido. Eles integram uma tradicional família de políticos da zona Oeste carioca.
Outros que figuram entre os acusados de participação no crime são o ex-chefe da Polícia Civil na época, delegado Rivaldo Barbosa; o major da PM, Ronald Paulo de Alves Pereira, e o ex-assessor de Domingos Brazão no Tribunal de Contas do Estado, Robson Calixto Fonseca. Todos estão presos.
De acordo com a Polícia Federal, o assassinato ocorreu a mando dos irmãos Brazão, com a participação do delegado Rivaldo Barbosa. E o objetivo era proteger os interesses econômicos de milícias.
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