A Polícia Civil de Goiás deflagrou, na última quinta-feira (26), a Operação Fraude Radioativa, com o objetivo de desarticular um esquema fraudulento que envolvia a obtenção de benefícios indevidos decorrentes do acidente com o Césio-137, ocorrido em 1987.
A operação foi conduzida pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e pelo Grupo de Repressão a Roubos (Garra), com apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap).
A ação resultou no cumprimento de três mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão. Entre os detidos estão dois advogados que, segundo as investigações, desempenhavam papel central no esquema, que envolvia a falsificação de documentos médicos para pleitear a isenção de Imposto de Renda para aposentados que alegavam exposição ao material radioativo. O esquema teria gerado mais de 100 processos judiciais fraudulentos.
Os advogados atuavam em dois grupos: um responsável pelo ajuizamento das ações, enquanto o outro permitia o uso de suas credenciais para protocolar processos baseados em laudos médicos falsificados. O prejuízo estimado ao erário ultrapassa R$ 20 milhões, já que além da isenção tributária, as ações judiciais também incluíam pedidos de pagamentos retroativos.
Os envolvidos, incluindo os dois advogados presos, serão acusados de estelionato contra o Estado, associação criminosa, uso de documentos falsos e fraude processual, crimes que, somados, podem resultar em penas superiores a 21 anos de prisão. As investigações contaram com o apoio da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Secretaria Estadual de Saúde.
Redação, com informações do Rota
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