Na esteira da aprovação do chamado pacote contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, ministros da Corte ouvidos avaliam que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não deve dar vazão aos projetos.
Aprovadas na CCJ, presidida pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), as pautas dão ao Congresso Nacional o poder de anular decisões do STF e limitam decisões monocráticas de ministros da Corte.
Essa segunda, já aprovada no Senado, tem o apoio de parlamentares dos mais diversos matizes e partidos, incomodados com o que consideram como ingerência do STF em matérias legislativas.
Aliados de Lira, porém, evitam apontar qualquer tipo de tendência por parte do presidente da Câmara. Dizem que o presidente da Casa não vai tocar no projeto.
Ainda de acordo com aliados, as matérias devem seguir suas tramitações normais e devem andar de acordo com o tempo adequado.
Aliados de Lira avaliam também que a leitura de que o presidente da Câmara não pautará as matérias tem a intenção de “queimá-lo junto aos deputados bolsonaristas” em meio às costuras pela sucessão do atual presidente da Câmara.
De acordo com um ministro do STF, porém, não há a expectativa de que o presidente da Câmara paute o projeto em plenário, às vésperas da definição de sua sucessão e em meio às articulações de Lira em Alagoas, seu estado natal, para apoiar candidaturas de aliados no interior do estado.
Em Maceió, ele ajudou na vitória retumbante de João Henrique Caldas (PP-AL), candidato dele contra o incumbente apoiado por Renan Calheiros (MDB-AL), Rafael Brito (MDB-AL).
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