A Justiça Federal acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e condenou Antônio José Junqueira Vilela Filho, conhecido por suas práticas de desmatamento ilegal, a pagar R$ 1,2 milhão em indenizações pelos danos causados à floresta amazônica em Altamira, no sudoeste do Pará.
O réu degradou uma área de 134 hectares, equivalente a aproximadamente 134 campos de futebol, segundo monitoramento via satélite realizado em 2018. O g1 tenta contato com a defesa de Vilela, que já entrou com recurso.
Além da multa milionária, Vilela e seu comparsa, Zelino Batisti, condenado a R$ 354 mil, deverão executar um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) e replantar as regiões desmatadas. A sentença reafirma a urgência de medidas restaurativas na região, maior município do Brasil em extensão territorial e um dos mais afetados pelo desmatamento.
A condenação de Vilela não é sua primeira relação com a destruição ambiental. Em 2016, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o apontou como o maior desmatador da Amazônia, responsável por devastar 330 km² de floresta entre 2012 e 2014, área equivalente ao tamanho da cidade de Belo Horizonte (MG).
Durante a Operação Rios Voadores, a Polícia Federal também o acusou de corrupção, lavagem de dinheiro, invasão de terras públicas e outros crimes ambientais. Na época, a quadrilha chefiada por Vilela causou um prejuízo ambiental estimado em R$ 50 milhões e movimentou quase R$ 2 bilhões.
A atual condenação resulta do projeto “Amazônia Protege”, iniciativa do MPF que utiliza imagens de satélite para monitorar e combater desmatamentos ilegais. A iniciativa conta com parcerias do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA), reforçando a vigilância contra crimes ambientais na região.
Redação, com informações do G1
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