O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) autorizou um contrato de R$ 1,3 milhão para serviços de buffet, prevendo cardápios sofisticados com itens como bacalhau, presunto italiano e chocolate belga. A medida ocorre em um momento delicado, após o afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, investigados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suposta venda de sentenças.
Assinado em 9 de outubro pela presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudina da Silva, o contrato visa fornecer alimentação para eventos institucionais, como audiências públicas e cursos de formação. Entre as opções oferecidas pelo buffet estão croissant de jamón espanhol, quiche de bacalhau, moqueca de pintado, boeuf bourguignon e mousse de chocolate belga, além de bebidas como sucos naturais e soda italiana.
O TJMT justificou a contratação com um estudo técnico que indicou a necessidade dos serviços para a continuidade das atividades institucionais. Segundo nota, a licitação ocorreu dentro da legalidade e foi conduzida por pregão eletrônico. O contrato inclui brunchs, coffee breaks, almoços e jantares para eventos abertos a membros e convidados.
A suspeita sobre os desembargadores afastados intensificou-se após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, apontado como lobista de tribunais. Conversas encontradas em seu celular revelaram indícios de corrupção envolvendo pagamentos de sentenças por meio de PIX e até barras de ouro, colocando em evidência o TJMT e outras Cortes.
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