A Justiça negou o pedido de recurso da defesa e manteve a condenação do médico Wesley Murakami a 9 anos, 10 meses e 10 dias de prisão. Ele foi responsabilizado por deformar o rosto de nove pacientes em Goiânia e Brasília ao utilizar o polimetilmetacrilato (PMMA) em procedimentos estéticos sem a devida autorização. A decisão foi publicada após audiência realizada no último dia 29 de outubro.
A defesa do médico alega que não há provas suficientes para confirmar a materialidade do crime e pediu a anulação dos laudos periciais. No entanto, a desembargadora Rozana Camapum afirmou que as provas apresentadas ao longo do processo demonstram “de forma inequívoca” a autoria e a materialidade dos crimes.
Além disso, a defesa solicitou a substituição da pena de prisão por multa e a redução da sentença para o mínimo legal, mas os pedidos foram negados com base na intensidade e nas consequências prolongadas das lesões sofridas pelas vítimas.
Entre os anos de 2013 e 2018, os procedimentos realizados pelo médico resultaram em deformidades permanentes nos rostos e nos glúteos dos pacientes, que passaram por recuperação dolorosa e, em alguns casos, precisaram de intervenções reparadoras.
Consta ainda na decisão que Wesley teria continuado com os procedimentos, mesmo ciente dos riscos e sem a habilitação necessária do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CRM-GO).
Além da pena de prisão, Murakami já foi condenado a indenizar algumas vítimas, com valores de R$ 60 mil e R$ 24 mil em casos de sequelas estéticas. A defesa informou que irá apresentar novos recursos em busca de reverter a decisão.
Redação, com informações do G1
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