A Justiça do Pará determinou medidas cautelares contra uma jogadora de beach tennis investigada por dopar rivais durante torneios amadores em Belém. De acordo com a decisão, a suspeita está proibida de sair da cidade por mais de 10 dias sem autorização judicial, de se aproximar das vítimas e de competir na categoria. O pedido de prisão preventiva foi negado.
No último dia 18, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência da jogadora, localizada na capital paraense. Durante a ação, foram apreendidos o celular da investigada e um medicamento. O mandado foi expedido pela Vara de Inquéritos Policiais de Belém.
As denúncias começaram no início de dezembro, quando seis mulheres relataram ter passado mal durante partidas em diferentes locais. Vídeos gravados por atletas mostram o momento em que a suspeita aparentemente adiciona uma substância não identificada à garrafa de uma das competidoras.
Segundo o delegado Yuri Vilanova, da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), um policial que esteve em um dos locais confirmou que a mulher colocou algum material na água de outra jogadora. Em outro registro, é possível ver uma das participantes passando mal durante a competição. As vítimas relataram sintomas como visão embaçada após consumirem a bebida adulterada.
No local dos torneios, a polícia recolheu o conteúdo de uma das garrafas, que foi encaminhado para análise no Centro de Perícias Renato Chaves, em Belém. O caso está sendo investigado sob sigilo.
Os torneios em questão não tinham premiação financeira, o que intrigou os investigadores, que agora buscam entender a motivação da suspeita.
Duas das vítimas foram hospitalizadas, mas já se recuperaram, enquanto as demais apresentaram melhora rápida.
A jogadora suspeita poderá responder por crimes como lesão corporal, danos à saúde, e colocar outras pessoas em perigo de vida, entre outros.
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