Nesta quarta-feira, 9, a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife/PB, determinou o arquivamento do inquérito contra o cantor Gusttavo Lima e outros investigados por suposta lavagem de dinheiro relacionada a jogos online. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público, que apontou a ausência de provas concretas que ligassem os investigados às operações financeiras suspeitas.
O Ministério Público destacou que as movimentações financeiras analisadas não apresentavam vínculo com infrações penais atribuídas a Darwin Henrique da Silva Filho, envolvido no jogo do bicho. Apesar disso, o processo enfrentou críticas da magistrada, que anteriormente apontou inércia do Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, por não avançar na análise das provas.
A subprocuradora-geral de Justiça, Norma Mendonça Galvão, reforçou que não houve indícios mínimos para justificar uma ação penal, destacando que crimes antecedentes, necessários para caracterizar a lavagem de dinheiro, não foram configurados.
O inquérito arquivado fazia parte da Operação Integration, que investigava um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo apostas online, jogo do bicho e empresas de fachada. A operação bloqueou bens e valores que somavam cerca de R$ 258 milhões e envolveu outros nomes conhecidos, como a influenciadora Deolane Bezerra.
No entanto, a Justiça considerou que as atividades de apostas online, regulamentadas pelas leis de 2018 e 2023, não configuram contravenções penais. A decisão extinguiu as investigações contra Gusttavo Lima e outros suspeitos, mas a juíza alertou que o caso pode ser reaberto se surgirem novas provas.
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