O Supremo Tribunal Federal (STF) fechou, na quarta-feira (22.), uma licitação no valor de R$ 83.891.432,18 para a contratação de serviços de segurança privada armada pelos próximos dois anos. O contrato, 5 milhões de reais superior à soma dos contratos vigentes, foi conquistado pela empresa Esparta, que assumirá o serviço a partir de 1º de fevereiro.
A medida tem como objetivo unificar os contratos de segurança armada do STF, que atualmente totalizam R$ 39.362.066,82 ao ano. Segundo nota do tribunal, a mudança visa otimizar a prestação de serviços, incluindo segurança pessoal privada, condução de veículos oficiais e apoio operacional contínuo, com dedicação exclusiva dos profissionais.
No total, serão mobilizados 230 profissionais, incluindo motoristas e seguranças armados distribuídos entre Brasília e os estados onde os ministros têm residência: Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
A decisão pelo reforço ocorre em meio à expectativa de possível denúncia contra Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados pela Polícia Federal, além de preocupações com segurança após o atentado de novembro de 2024, quando um homem-bomba, identificado como Tiü França, causou explosões próximas ao STF. O incidente intensificou a atenção à integridade física dos magistrados.
Os profissionais contratados receberão salários entre R$ 3.641,15 e R$ 7.158,65, além de diárias de R$ 624,76 para viagens nacionais e US$ 509 (cerca de R$ 3.024,58) para viagens internacionais. Os equipamentos incluem 92 pistolas calibre .380 e 2.760 munições, entre outros itens de segurança.
O contrato também prevê acompanhamento dos ministros em viagens nacionais e internacionais. Entre os magistrados que frequentemente se deslocam estão Roberto Barroso e Luiz Fux, com viagens ao Rio de Janeiro, e Alexandre de Moraes, que leciona na USP em São Paulo.
A segurança reforçada entra em vigor no mesmo período do retorno das atividades regulares da Corte, previsto para 3 de fevereiro.
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