O Trump Media & Technology Group, empresa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a plataforma de compartilhamento de vídeos Rumble entraram com uma ação em um tribunal norte-americano contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O processo foi protocolado no sábado (22) e questiona a decisão do magistrado que determinou a suspensão do Rumble no Brasil, além da aplicação de multa diária de R$ 50 mil e da exigência de um representante legal da empresa no país.
A ação, movida no Tribunal Distrital dos EUA em Tampa, alega que as determinações de Moraes violam a soberania americana, a Constituição dos Estados Unidos e suas leis. As empresas pedem que a Justiça norte-americana suspenda os efeitos das decisões do ministro e proíba que plataformas como Apple e Google removam o aplicativo da Rumble de suas lojas devido a exigências do STF.
O bloqueio do Rumble no Brasil foi ordenado por Moraes na sexta-feira (21), após a empresa descumprir determinações judiciais, incluindo a suspensão da monetização e o bloqueio da conta do influenciador Allan dos Santos, investigado por disseminação de desinformação e discurso de ódio. Allan, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, vive nos Estados Unidos e é considerado foragido da Justiça brasileira.
No comunicado divulgado neste domingo (23), o Trump Media e a Rumble afirmam que Moraes ameaçou o CEO da Rumble, Chris Pavlovski, com acusações criminais. O ministro já havia liderado disputas semelhantes contra o X (antigo Twitter), de Elon Musk, e outras plataformas digitais, intensificando o embate entre o Judiciário brasileiro e empresas de tecnologia sobre a regulamentação da internet e os limites da liberdade de expressão.
Até o momento, o STF não se manifestou sobre o processo movido nos Estados Unidos.
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