O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou o empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso por “encomendar” a morte do advogado Francisco Di Angellis Duarte de Morais. O crime ocorreu em 6 de maio. Além do empresário, foram denunciados os ex-policiais militares José Luciano Souza de Queiroz e Glauco Sérgio Soares do Bonfim.
Segundo o Ministério Público, o empresário encomendou a morte de Di Angellis após pagar R$ 800 mil à vítima para que reportagens sobre ele fossem deletadas de um portal de notícias. De acordo com o acusado, as publicações eram um ataque à sua pessoa que “questionavam a honestidade” de como ele obteve patrimônio.
Ainda de acordo com o documento, na noite do dia 6 de maio, o advogado chegava em sua casa, no Bairro Parquelândia, quando foi baleado por dois homens em uma motocicleta, José Luciano e Glauco. “O garupeiro efetuou disparos de arma de fogo, causando a morte da vítima. O crime teria como mandante Ernesto”, afirma o Ministério Público.
Durante as negociações com o advogado, o empresário conseguiu os dados do veículo da vítima e providenciou para que José Luciano e Glauco mantivessem a vítima sob vigilância para preparar uma emboscada e realizar o assassinato.
No dia 28 de abril de 2023, enquanto Ernesto e Di Angellis se encontravam em uma padaria no município do Eusébio para encerrar as negociações, José Luciano e Glauco conseguiram instalar o rastreador no escapamento do carro da vítima, “ferramenta fundamental na execução do crime”.
O Ministério Público requer que, em caso de condenação, seja fixado valor de R$ 1 milhão para reparação dos danos à família da vítima, que se viu violentamente privada do convívio em razão da conduta criminosa.
Com informações do G1
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