O falecimento do Papa Francisco, nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos, gerou reações imediatas de líderes e instituições em todo o mundo. Primeiro pontífice latino-americano e jesuíta da história da Igreja Católica, Francisco ficou marcado por sua defesa intransigente dos marginalizados, por sua postura de acolhimento e por promover profundas reformas dentro da Igreja desde que assumiu o papado, em 2013.
Entre as homenagens no Brasil, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, destacou, em publicação nas redes sociais, o legado do papa como “um farol de paz e fraternidade mesmo nos momentos mais difíceis”. “Diante de um mundo de intolerância e ódio, Francisco nos deixou lições que transcendem a fé: acolher o próximo, semear a inclusão e combater a desigualdade”, escreveu.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, ressaltou o papel espiritual e humano de Francisco. “A espiritualidade verdadeira é a expressão do bem, do amor e da paz, com sabedoria, tolerância e compaixão. O Papa Francisco encarnou essas virtudes como poucas lideranças nos dias de hoje. E a elas acrescentou o carisma e a empatia. A compreensão em lugar dos dogmas. Num tempo em que há muita escuridão, foi uma luz iluminando a humanidade. A história o reconhecerá como um dos maiores.”
Já o ministro Flávio Dino, lembrou a relevância histórica do pontífice. “O Papa Francisco integra, com destaque eterno, a história da nossa Igreja Católica. Foi um exemplar Cristão latino-americano. Em um mundo em que o ódio virou indústria de bilionários, sua pregação de Estadista da Fraternidade é essencial”, afirmou.
Na mesma publicação, Dino citou trechos da encíclica Fratelli Tutti, que reafirma o valor da fraternidade universal e da amizade social: “Semeou paz por toda a parte e andou junto dos pobres, abandonados, doentes, descartados, dos últimos.”
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) também emitiu nota de pesar. “Líder espiritual de alcance global, o Papa Francisco exerceu seu ministério com dedicação à paz, à justiça social e à dignidade da pessoa humana”, afirmou o presidente da entidade, Beto Simonetti. “Foi uma voz incansável em favor dos mais vulneráveis, da fraternidade entre os povos e do diálogo como caminho para a superação das desigualdades.”
Simonetti ressaltou ainda o impacto do pontífice sobre o mundo contemporâneo: “Neste momento de luto e reflexão, a advocacia brasileira solidariza-se com a comunidade católica, com o Vaticano e com todos aqueles que, tocados por sua palavra e por seu exemplo, sentem-se enlutados.”
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