O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, participou de palestras em Yale, Princeton e Harvard, abordando o papel das Supremas Cortes na defesa da democracia diante do avanço do populismo autoritário.
SUPERMAS CORTES E RESISTÊNCIA INSTITUCIONAL
Em suas exposições, Barroso destacou que a erosão democrática, em muitos casos, não ocorre por golpes militares, mas sim por líderes eleitos que enfraquecem instituições por dentro. Ele citou exemplos como Hungria, Venezuela e Rússia, onde cortes constitucionais perderam independência, e contrapôs com casos como Colômbia, Estados Unidos e Polônia, onde o Judiciário conseguiu conter avanços autoritários.
O ministro ressaltou que, no Brasil, o STF teve papel central na preservação da democracia, mas enfrentou forte reação pública e política por suas decisões. Segundo ele, essa exposição não foi uma escolha, mas consequência do desenho institucional do tribunal.
IMPACTO DAS REDES SOCIAIS E DEFESA DA DEMOCRACIA
Barroso também abordou o impacto das redes sociais na ascensão do populismo, criticando o uso da desinformação, do discurso de ódio e dos ataques à imprensa e às instituições democráticas. Ele enfatizou que a preservação da democracia depende da resistência das instituições, da imprensa e da sociedade civil.
O ministro concluiu destacando a importância de um Judiciário independente e comprometido com a Constituição, independentemente das pressões políticas e ideológicas. O público acadêmico demonstrou grande interesse no modelo brasileiro de resistência democrática.
O post Barroso discursa nos EUA sobre democracia e papel das Supremas Cortes apareceu primeiro em JuriNews.