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Bolsonaro nega à PF ter entrado em contato com autoridades dos Estados Unidos para solicitar sanções

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O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5) e negou ter feito contato com autoridades do governo dos Estados Unidos para promover sanções contra figuras brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro foi ouvido no âmbito de um inquérito que investiga a suposta atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para incitar o governo norte-americano a adotar medidas punitivas contra o ministro Moraes. O magistrado é relator do caso e também responsável por ações da trama golpista e do inquérito das fake news.

INTERFERÊNCIA SUSPEITA

Para Moraes, Bolsonaro deveria prestar esclarecimentos por ser “diretamente beneficiado” pelas ações do filho e por ter declarado à imprensa que estava custeando as despesas de Eduardo no exterior. Em março deste ano, Eduardo Bolsonaro pediu licença de 122 dias de seu mandato parlamentar e mudou-se para os Estados Unidos.

Durante o depoimento, o ex-presidente afirmou que não realizou nenhum contato com autoridades norte-americanas para tratar de possíveis sanções. Bolsonaro também sustentou que a atuação de Eduardo nos Estados Unidos é independente e que não participa de seus atos. “Que as ações realizadas por Eduardo Bolsonaro são independentes e realizadas por conta própria; que não auxilia ou determina a Eduardo Bolsonaro qualquer tipo de ação nos Estados Unidos“, diz um trecho do depoimento.

O ex-presidente também declarou aos delegados que os “Estados Unidos não aplicariam sanções por lobby [pressão] de terceiros“.

ENVIO DE RECURSOS

Na mesma oitiva, Bolsonaro confirmou ter enviado R$ 2 milhões para cobrir as despesas de Eduardo nos Estados Unidos. Segundo o ex-presidente, os valores foram repassados diretamente de sua conta bancária e são provenientes de doações via Pix feitas por seus apoiadores em 2023, período em que Bolsonaro recebeu R$ 17 milhões em transferências.

Após a abertura do inquérito, Eduardo Bolsonaro classificou o pedido de investigação como uma medida “injusta e desesperada”. “Só configura aquilo que sempre falamos: o Brasil vive um regime de exceção, onde tudo no Judiciário depende de quem seja o cliente“, declarou o deputado.

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