A R7 Facilities, empresa encarregada das obras de manutenção no presídio federal de Mossoró (RN), onde ocorreram as duas primeiras fugas da história desse tipo de prisão, está agora sob intensa investigação. A empresa também possui contrato com a Penitenciária Federal de Brasília, envolvendo mais de R$ 2 milhões para fornecer serviços contínuos de apoio técnico e administrativo, conforme informações divulgadas recentemente.
O presídio em Brasília abriga o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcola, adicionando uma camada de complexidade a essa questão. As investigações da Polícia Federal revelaram até o momento três planos de fuga destinados a libertar Marcola, incluindo um elaborado plano de resgate cinematográfico em 2022, quando estava detido no presídio federal de Porto Velho, RO.
As fugas em Mossoró envolveram membros do Comando Vermelho (CV), uma facção rival do PCC, cujos detalhes ainda estão sendo investigados pelas autoridades policiais.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu uma nota informando que solicitará investigações sobre a integridade da R7 Facilities aos órgãos federais competentes. No entanto, apesar das preocupações levantadas, a pasta esclareceu que não possui embasamento legal para suspender ou rescindir contratos vigentes sem um processo legal apropriado.
Essa declaração veio à tona após reportagens do jornal O Estado de S. Paulo revelarem que o sócio-administrador da empresa recebeu auxílio emergencial, apesar dos contratos milionários com o governo federal, e possui dívidas ativas de valores inferiores a R$ 10 mil.
A situação coloca em foco a integridade dos contratos entre o governo e empresas privadas, levantando questões sobre transparência e responsabilidade empresarial no setor público.
Redação, com informações do Metrópoles
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