A defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entrou com um pedido para que Moraes seja declarado impedido de continuar atuando no inquérito que investiga o vazamento de mensagens entre Tagliaferro e o juiz auxiliar de Moraes, Airton Vieira. O pedido foi dirigido ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
Tagliaferro, que foi chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) durante a gestão de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral, prestou depoimento à Polícia Federal na semana passada sobre o possível vazamento das mensagens de seu celular. O inquérito, relatado por Moraes, tem como principais suspeitos a Polícia Civil de São Paulo e a deputada federal Carla Zambelli, devido ao envolvimento dela em outro caso relacionado a hackers.
No pedido ao STF, a defesa de Tagliaferro, representada pelo advogado Eduardo Kuntz, argumenta que a investigação aborda fatos diretamente relacionados à lisura de Moraes, tornando inadequada sua permanência na relatoria. Kuntz afirma que já foi emitida uma “abusiva ordem de busca e apreensão” e expressa preocupação de que outras medidas cautelares irreversíveis possam ser adotadas.
Além disso, a defesa critica a reclassificação do inquérito por Moraes em uma petição neste domingo (25), alegando que isso constitui uma “chicana processual” para evitar que o ministro seja afastado da relatoria. A petição também solicita o arquivamento da investigação ou, pelo menos, o impedimento de Moraes, com a anulação de todos os atos proferidos por ele no caso até o momento.
Até o momento, o STF não se manifestou sobre o pedido.
Redação, com informações da CNN
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