Durante audiência no Distrito Federal, o juiz de Direito Paulo Afonso Correia Lima Siqueira questionou a veracidade do depoimento de uma testemunha. “Como é que eu vou saber que o senhor está falando a verdade?”, perguntou o magistrado.
A testemunha respondeu: “Olhando dentro do olho do senhor, estou falando a verdade. Não vim aqui para mentir.” O juiz, por sua vez, retrucou: “Não sou oftalmologista. Se o senhor estiver pensando que eu sou oftalmologista. Não estou aqui para fazer exame de olho de ninguém.”
O magistrado já havia se envolvido em outra situação de destaque em 2023, quando demonstrou insatisfação com a conduta de um policial militar durante uma audiência. Na ocasião, afirmou que o agente teria forjado uma situação para justificar a entrada em uma residência onde foram encontradas drogas.
“O senhor não é policial civil, o senhor é policial militar. Cabe ao senhor passar para a Polícia Civil as informações para investigar. Se o senhor quer ser investigador, faça concurso para investigador”, declarou.
O juiz ainda ressaltou que essa não era a primeira vez que o policial agia de maneira semelhante e que “acabou a paciência”. Apesar disso, informou que não daria voz de prisão ao agente, mas que encaminharia o caso à corregedoria da Polícia Militar para responsabilização.
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