A juíza Maria Sílvia Gabrielloni Feichtenberger, da 1.ª Vara Criminal de Santo André, decretou a prisão preventiva de quatro policiais civis suspeitos de integrar um esquema de extorsão contra influenciadores. Na decisão, a magistrada afirmou enxergar provas robustas de corrupção.
Foram presos Fábio Marcelo Fava, Adriano Fernandes Bezerra, Magally Ivone Rodrigues e Múcio de Assis Ladeira, todos lotados no 6.º Distrito Policial de Santo André, descrito pelo Ministério Público como um “verdadeiro centro de arrecadação de propinas”.
Segundo a juíza, a liberdade dos investigados poderia “comprometer o resultado das investigações” e permitir a ocultação de “bens pessoais adquiridos com proventos criminosos”, o que prejudicaria o ressarcimento ao erário e a perda de bens.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, os agentes abriam investigações preliminares contra influenciadores que promoviam rifas ilegais nas redes sociais apenas para cobrar propinas em troca do arquivamento das apurações. A Justiça também autorizou buscas nos endereços dos acusados e na casa do policial Wilson Roberto Ribeiro, único que não foi preso, além da quebra dos sigilos fiscal e bancário dos investigados.
Os promotores do Gaeco apuram ainda a possível participação de advogados que teriam intermediado os pagamentos ilícitos. Três nomes foram identificados no inquérito, mas a juíza entendeu que ainda não há elementos suficientes para autorizar buscas contra eles.
A investigação é um desdobramento da Operação Latus Actio, que apura ligações entre produtoras de funk e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
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