Uma juíza do Trabalho de Indaiatuba (SP) negou o pedido de adiamento de audiência feito por um advogado em razão da morte de sua estagiária. O enterro da jovem ocorreu um dia antes da audiência, que acabou sendo mantida e realizada.
O pedido foi apresentado pelo advogado Leonardo Alves da Silva, do escritório Alves da Silva Advogados, após a morte trágica de sua estagiária, Kyra Luzyara de Andrade Barbosa, de 20 anos, vítima de um acidente de trânsito na madrugada de domingo (18), em Suzano (SP). O sepultamento de Kyra aconteceu na segunda-feira (19), data em que a juíza substituta Paula Araujo Oliveira Levy, da Vara do Trabalho de Indaiatuba, indeferiu a solicitação de redesignação da audiência.
Na decisão, a magistrada justificou a negativa com base na ausência de previsão legal para o adiamento diante da situação apresentada, sugerindo a designação de outro profissional por meio de substabelecimento.
Durante a audiência, o advogado da parte contrária manifestou solidariedade e concordou com o adiamento, reconhecendo a gravidade da situação. Mesmo assim, a audiência foi mantida e realizada.
O advogado compartilhou trechos da audiência nas redes sociais e criticou a decisão judicial, apontando a falta de sensibilidade diante da circunstância. Segundo ele, a expectativa era de que o Judiciário atuasse não apenas com base nas normas, mas também com empatia.
Kyra estava no banco do passageiro no momento do acidente, que também causou a morte de outra jovem, Thalita Marques, que ocupava o banco traseiro do veículo.
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