O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou, em segunda instância, a Rede Globo a pagar uma indenização de R$ 10.000 a Suzane von Richthofen – atualmente registrada como Suzane Louise Magnani Muniz – devido a uma reportagem exibida pelo Fantástico em junho de 2018. Ainda cabe recurso da decisão.
A matéria jornalística divulgou um laudo psicológico que avaliava a possibilidade de Suzane progredir para o regime semiaberto. O documento apontava características como “personalidade manipuladora e agressividade camuflada”. A defesa alegou que a divulgação do laudo, por se tratar de um processo sob sigilo, representou uma violação de sua privacidade.
O relator do caso, desembargador Rui Cascaldi, reconheceu que, apesar da relevância pública do crime cometido por Suzane, seus direitos individuais devem ser protegidos. “Essa espécie de divulgação, resguardada a liberdade que a imprensa deve ter em um país democrático como o Brasil, transborda a mera informação”, afirmou o magistrado.
CASO RICHTHOFEN
Em 31 de outubro de 2002, Suzane facilitou a entrada dos irmãos Cravinhos na residência de sua família, no Brooklin, em São Paulo. No local, Manfred e Marísia von Richthofen foram mortos a marretadas no segundo andar da casa.
Suzane foi condenada a 39 anos de prisão e, desde 2015, cumpre pena em regime semiaberto na penitenciária de Tremembé, São Paulo. Em dezembro de 2023, registrou união estável com o médico Felipe Zecchini Muniz.
Já Daniel Cravinhos, seu ex-namorado e coautor do crime, recebeu pena de 39 anos e 6 meses, estando em regime aberto desde 2017.
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