Uma escrevente do Tribunal de Justiça de São Paulo foi condenada a 16 anos de prisão, em regime inicial fechado, por desviar R$ 2,4 milhões de processos judiciais. Segundo a sentença do juiz Paulo Fernando Deroma de Mello, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, a servidora utilizou alvarás fraudulentos para realizar os desvios e ocultou os valores em bens e contas de terceiros.
DETALHES DO ESQUEMA
De acordo com a decisão, a condenada direcionava os recursos para terceiros e adquiria bens, como ouro e imóveis, registrados em nomes de laranjas, para mascarar os crimes. O magistrado destacou ainda que, ao tomar conhecimento da emissão de mandado de prisão, a acusada tentou fugir, sacando dinheiro em espécie e levando passaportes, roupas e outros pertences.
Além da escrevente, outros envolvidos foram condenados por participação no esquema, que trouxe graves prejuízos financeiros ao erário e abalou a imagem do Poder Judiciário.
A pena imposta incluiu, além da prisão, o pagamento de 76 dias-multa e a perda do cargo público, conforme o art. 92, inciso I, do Código Penal. Também foi determinado o perdimento dos bens vinculados à condenada, comprovados como frutos das atividades criminosas.
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