A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (14), um relatório complementar com o áudio que detalha um plano para assassinar autoridades e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
A gravação foi extraída do celular de Wladimir Soares, agente da própria PF, preso às vésperas da cúpula do G20, em novembro do ano passado. Ele fazia parte do esquema de segurança do Palácio do Planalto e, segundo as investigações, repassava informações sobre a agenda de Lula a integrantes do grupo golpista.
O áudio, considerado de alta gravidade pelos investigadores, levou a PF a adicionar um novo relatório ao processo, informando formalmente o STF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o conteúdo encontrado.
De acordo com a PF, Soares afirma na gravação que fazia parte de uma “equipe de operações especiais” pronta para defender Bolsonaro com “poder de fogo elevado”, caso necessário para impedir a posse de Lula. Ainda segundo o áudio, ele relata que o grupo estava disposto a “empurrar quem viesse à frente”.
O conteúdo reforça os indícios de articulação de um plano golpista que envolvia a execução de autoridades como Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O material, revelado inicialmente em reportagem do Jornal Nacional, agora integra formalmente os autos da investigação em curso na Suprema Corte.
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