O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reiterou nesta terça-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido para que seis acusados do chamado “núcleo 2” da trama golpista se tornem réus. O grupo é apontado como responsável por planejar ações para manter Jair Bolsonaro no poder de forma ilegítima após as eleições de 2022.
CONTESTAÇÃO DE DEFESAS
Na manifestação enviada ao STF, Gonet rebateu argumentos das defesas, que questionaram a competência da Primeira Turma do tribunal para julgar o caso e pediram a anulação da delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
O núcleo 2 da denúncia inclui:
- Filipe Martins, ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro;
- Marcelo Câmara, ex-assessor presidencial;
- Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal;
- Mário Fernandes, general do Exército;
- Marília de Alencar, ex-subsecretária de Segurança do DF;
- Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-adjunto de Segurança do DF.
JULGAMENTO NO STF
Com o parecer da PGR, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, solicitou ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, que marque a data do julgamento do grupo. A decisão caberá ao colegiado formado por Moraes, Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Se a maioria aceitar a denúncia, os envolvidos se tornarão réus e responderão a uma ação penal. Já o julgamento do núcleo 1, que inclui Bolsonaro e o general Braga Netto, está previsto para 25 de março.
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