Os policiais militares da reserva Wilson Rocha dos Anjos Filho e Ailton Rocha dos Anjos foram condenados por assassinato de três pessoas e uma tentativa de homicídio, em 2003, no município de Pilar (AL). O júri popular foi conduzido pelo juiz Geraldo Amorim, na terça-feira (27), que aplicou pena de 56 anos e três meses de reclusão para Wilson Rocha e de 49 anos e seis meses para Ailton Rocha.
Em sua sentença, o magistrado explicou que não poderia aplicar o efeito secundário da condenação para perda do cargo, já que os dois não estão mais na ativa e ressalvou que a análise dessa questão pode ser feita na esfera administrativa.
“Considerando que os presentes crimes foram extremamente graves, como demonstrado na análise da dosimetria da pena, oficie-se ao Comandante da Polícia Militar do Estado de Alagoas para que, se for o caso, analise a possibilidade de cassação das aposentadorias”, ordenou o juiz.
Os réus poderão recorrer em liberdade, uma vez que o Supremo Tribunal Federal ainda não terminou de analisar a constitucionalidade do artigo 492, I, “e”, do Código de Processo Penal.
As vítimas foram Berto Pereira da Conceição, Maria José da Conceição, Benício Francisco da Silva e Maria de Lourdes da Silva, esta última na forma tentada. A chacina ocorreu em 2003 e teria sido motivada por supostas desavenças entre os acusados e uma das vítimas fatais, Berto Pereira da Conceição.
De acordo com as declarações de um filho da vítima Berto, 30 dias antes do crime, o réu Wilson discutiu com seu genitor. Wilson teria agredido a testemunha e seu pai. Naquele momento, Wilson também ameaçou os dois de morte.
A testemunha contou que toda a desavença se deu por existirem suspeitas de que o irmão de Wilson, o também policial Ailton, teria se coligado com outro policial e ceifado a vida de Eraldo Pereira, também filho do Berto, no ano de 2000.
Com informações do TJ-AL
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