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Presidente da OAB São Paulo agradece apoio de Beto Simonetti

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Alvo de polêmica após assumir a defesa do empresário Thiago Brennand, acusado por crimes contra mulheres, a advogada Patrícia Vanzolini usou a tribuna do Plenário do Conselho Federal da OAB para fazer um desabafo e um agradecimento público sobre o recente episódio.

Primeira mulher a presidir a OAB São Paulo e com um histórico de luta a favor dos direitos das mulheres, a advogada criminalista agradeceu ao apoio que recebeu do presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti e de todo Sistema OAB.

“Sinto a necessidade de fazer um agradecimento público a todo esse egrégio Conselho Federal da OAB na pessoa do presidente Beto Simonetti e a todos os conselheiros e conselheiras pela manifestação pública de apoio a minha pessoa que recentemente eu sofri violentos ataques quando a imprensa noticiou que eu, na qualidade de advogada criminalista e militante que sou, passei a integrar a defesa de uma pessoa acusada de crime sexual. E por força desse fato sofri ataques violentos e nefastos a minha pessoa, a minha condição, ao meu cargo de presidente da OAB São Paulo, e quero portanto manifestar minha imensa gratidão”, disse.

“Seria hipócrita dizer que as pedradas não doem, elas doem, somos humanos, é triste a gente vê um julgamento injusto, mas o apoio da minha instituição, da minha casa, foi abrigo”, apontou Vanzolini.

“Esses ataques que sofri podem ser compreendidos em duas dimensões. Primeiro o ataque à advocacia criminal ao confundir o advogado com o cliente….essa criminalização da advocacia é intolerável e eu não vou tolerar que advogado criminalista seja colocado no banco dos réus, isso é inadmissível. E também um cerceamento da advocacia feminina, como se nós mulheres advogadas tivéssemos algum tipo de limite ou fosse imoral para nós atuarmos em determinadas causas que seriam permitidas apenas para os homens, isso se chama lawfare de gênero”, opinou a presidente da OAB São Paulo.

Vanzolini prosseguiu com seu pronunciamento cobrando respeito: “Ninguém é obrigado a concordar comigo, ninguém é obrigado a aceitar as causas que eu decidi aceitar por minhas múltiplas razões mas é preciso que a advocacia feminina e a advocacia criminal exija e tenha respeito”.

E concluiu a advogada: “Saber que o Conselho Federal da OAB fez esse clamor por mim deixa o meu coração mais quente e muito mais cheio de segurança e emoção no exercício da minha profissão”.

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