O Supremo Tribunal Federal decidiu prorrogar por mais 180 dias o afastamento de quatro desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, alvos de investigação por suposto envolvimento em um esquema de venda de sentenças. Eles continuam afastados sem o uso de tornozeleira eletrônica.
A medida atinge Alexandre Aguiar Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva. Durante o período de afastamento, os magistrados estão proibidos de acessar as dependências do TJMS, utilizar os sistemas institucionais e manter contato com servidores do tribunal.
A decisão do ministro Cristiano Zanin também abrange o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Osmar Jeronymo, e seu sobrinho, Danillo Moya Jeronymo, servidor do TJMS. Ambos são investigados no mesmo inquérito.
Quando a operação foi deflagrada, em 2023, a Justiça determinou o afastamento por 180 dias e o uso de tornozeleiras eletrônicas. No entanto, a obrigação do monitoramento eletrônico foi posteriormente suspensa por decisão do ministro Zanin. Como parte das medidas cautelares, os investigados entregaram seus passaportes à Polícia Federal.
Na nova decisão, Zanin justificou a prorrogação afirmando que a Procuradoria-Geral da República ainda não se manifestou sobre os relatórios produzidos na investigação. Assim, o afastamento permanecerá até a análise do órgão ministerial.
A operação apura possíveis crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e participação em organização criminosa envolvendo membros do Judiciário de Mato Grosso do Sul.
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