A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) reagendou para os dias 20 e 21 de maio o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o núcleo 3 da chamada trama golpista durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Inicialmente, a análise estava prevista para os dias 8 e 9 de abril, mas foi adiada pelo presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin.
ACUSAÇÃO CONTRA MILITARES E POLÍCIA FEDERAL
Segundo a PGR, os denunciados desse núcleo são apontados como responsáveis pelo planejamento de “ações táticas” para viabilizar a tentativa de golpe. Entre os acusados, estão 11 militares do Exército e um policial federal:
- Generais: Estevam Theophilo e Nilton Diniz Rodrigues
- Coronéis: Bernardo Romão Correa Netto, Fabrício Moreira de Bastos e Márcio Nunes De Resende Júnior
- Tenentes-coronéis: Cleverson Ney Magalhães, Hélio Ferreira, Rafael Martins De Oliveira, Rodrigo Bezerra De Azevedo, Ronald Ferreira De Araújo Júnior e Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros
- Policial federal: Wladimir Matos Soares
O caso será julgado pela Primeira Turma do STF, composta pelo relator Alexandre de Moraes e pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se a maioria aceitar a denúncia, os acusados se tornarão réus e responderão a uma ação penal na Corte.
ANDAMENTO DAS INVESTIGAÇÕES
Até agora, apenas o núcleo 1 foi julgado, resultando na abertura de ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete investigados. Já o núcleo 2, acusado de organizar ações para manter Bolsonaro no poder, será analisado nos dias 29 e 30 de abril.
O núcleo 4, que envolve suspeitos de disseminação de desinformação e ataques virtuais contra instituições, terá seu julgamento nos dias 6 e 7 de maio.
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