O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) estão trabalhando em colaboração para a segunda fase do projeto Eleições do Futuro, com foco na ampliação da transparência, da segurança e da acessibilidade do processo eleitoral. A primeira etapa do projeto resultou em importantes descobertas e, agora, a atenção está voltada para materializar as soluções.
Mais de 16 pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc-USP) se unem aos especialistas da Justiça Eleitoral para impulsionar inovações, fruto da soma de conhecimento técnico das equipes e da experiência prática do Tribunal. Esse esforço conjunto, iniciado em 2021, busca modernizar e fortalecer o sistema eleitoral brasileiro, garantindo sua integridade e sua confiabilidade e melhorando a experiência dos brasileiros.
Frentes de pesquisa
Uma das principais iniciativas, com grande possibilidade de implementação nas Eleições Municipais de 2024, é o desenvolvimento de uma nova camada de verificação da integridade dos Boletins de Urna (BUs). A solução, baseada na tecnologia de blockchain, visa aumentar a transparência na publicação da totalização de votos na internet. A USP implementará uma estrutura capaz de demonstrar que nenhum Boletim de Urna é alterado após sua emissão pela urna eletrônica.
O que é blockchain? É um sistema descentralizado de registros, em que cada bloco de dados é encadeado de forma imutável, garantindo segurança, transparência e confiança nas informações compartilhadas.
Outro componente do projeto é a busca por soluções que viabilizem que pessoas com mobilidade reduzida ou deficiências físicas possam votar de forma independente, resguardando o sigilo do voto. Esse aspecto envolve um estudo detalhado das diferentes necessidades dessa parcela do eleitorado, bem como o desenvolvimento de soluções personalizadas para atender às demandas desse público.
Parceria
A parceria entre o TSE e a USP é uma colaboração significativa no contexto do processo eleitoral brasileiro. Reconhecendo a USP como uma instituição acadêmica respeitada e imparcial, o TSE valoriza a capacidade da universidade de fornecer análises aprofundadas e precisas sobre questões eleitorais.
O coordenador de Modernização do TSE, Celio Castro Wermelinger, destaca a capacidade crítica da USP. “É uma oportunidade de aliar conhecimentos técnicos da Corte com uma universidade de renome e ampliar o alcance do TSE junto à sociedade, na constante busca por tornar o sistema eletrônico de votação ainda mais seguro, transparente e auditável”, afirma o servidor.
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