O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi submetido a mais um interrogatório pela Polícia Federal nesta terça-feira (9), em Brasília. O depoimento, mantido em sigilo, teve início às 14h e se estendeu até as 19h, conforme informações obtidas pela CNN.
Acompanhado por um comboio militar, Cid deixou o Batalhão da Polícia do Exército após o interrogatório.
Seu retorno à PF teve como objetivo assinar a transcrição do depoimento prestado em 11 de março e esclarecer questões levantadas pelos investigadores sobre áudios vazados, nos quais são feitas críticas à investigação e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os áudios, revelados pela revista “Veja”, provocaram polêmica ao expor declarações de Cid insatisfeito com a condução do processo e com Moraes.
Segundo relatos, ele teria mencionado que o ministro “já tem a sentença dele pronta”. Cid, por sua vez, teria reiterado que os policiais tentaram induzi-lo a fornecer informações inexistentes.
Após prestar depoimento, Cid foi convocado para uma audiência no STF a fim de confirmar os termos de sua colaboração premiada, que havia garantido sua libertação em setembro de 2023.
No entanto, mesmo reafirmando os termos de sua delação ao gabinete de Moraes e negando qualquer coerção por parte dos policiais, Cid foi detido novamente.
A prisão ocorreu imediatamente após o depoimento, indicando a continuidade das investigações sobre o caso.
Redação, com informações da CNN
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